quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Quentes da Madrugada leva carimbó pau & corda ao Rio de Janeiro


Show, baile e oficina na capital carioca encerram circulação do Carimbó de São Benedito pelo sudeste do país

No Rio desde o dia 17 de setembro (depois da animada temporada em SP), o grupo de carimbozeiros “Os Quentes da Madrugada” realizou várias apresentações e bailes de carimbó em diversos espaços culturais da cidade maravilhosa. Entre eles, a Casa Brasil Mestiço e o Centro Cultural Recordatório – ambos na Lapa –, além dos shows no SESC Madureira e na animadíssima Feira de São Cristovão, o mais importante centro de cultura nordestina da cidade.

A Casa Brasil Mestiço, uma das principais espaços de música popular brasileira no Rio de Janeiro, recebeu Os Quentes na noite do dia 17 para um grande baile de carimbó que foi conduzido com energia e maestria pelas vozes potentes de Candinho e Ticó, acompanhadas do batuque vigoroso dos tambores de mestre Dico Boi, Sota e Manelão e pela cozinha firmada por Zé Pitanga, Léo, Moquinha, Preto, Evandro e Sabá. Os movimentos da dança foram testados e aprovados pelos cariocas, com uma ajudinha dos dançarinos que acompanham o grupo, levando a festa até a madrugada.


O dia seguinte marcou o encontro dos Quentes da Madrugada com a comunidade maranhense do Rio de Janeiro, através do Centro Cultural Recordatório, referencial importante da cultura popular do Maranhão na capital carioca. Nesse espaço foi realizada mais uma oficina de confecção de instrumentos, ministrada pelos mestres Sabá, Dico Boi e Ticó, que mostraram as técnicas tradicionais para a construção dos tambores, maracas e réque-réque, usados pelo grupo para tocar carimbó. À noite foi a vez do baile de carimbó revelar que a proximidade entre a cultura paraense e a maranhense é maior que se imagina, sendo a festa, a música e a dança elementos centrais na cultura popular de ambos os estados. A presença de vários filhos de Santarém Novo que hoje moram no Rio também aumentou o clima de confraternização do local.

Na tarde do dia 19, Os Quentes e seu carimbó foram recebidos no SESC de Madureira, comunidade das escolas de samba Portela e Império Serrano. Já no sábado (20) à noite, a tradicional Feira de São Cristovão (maior reduto da cultura nordestina no Rio de Janeiro) foi o local escolhido para encerrar a circulação nacional dos Quentes da Madrugada. Apresentando-se na Praça Patativa do Assaré, espaço central da imensa feira, o grupo mostrou ao que veio e conquistou a simpatia do público carioca e nordestino presente no local, concluindo com sucesso a missão de mostrar a tradição do carimbó de Santarém Novo e do Pará ao restante do país.


CAMPANHA

Também na luta para ser reconhecida como patrimônio imaterial brasileiro, a Feira de São Cristovão foi um local de grande visibilidade para a Campanha "Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro", proporcionando um importante diálogo entre as tradições culturais do Norte e Nordeste do Brasil, o que favoreceu a articulação de valiosas alianças entre o carimbó e as demais expressões culturais nordestinas. Muitas assinaturas de apoio ao registro foram coletadas nesta e nas demais atividades realizadas no Rio, reafirmando a importância do carimbó para a cultura brasileira.

Agradecimentos especiais: Petrobrás, SECULT/PA, Fundação Curro Velho (PA), COIMP (PA), Renata Amaral, André Magalhães, A Barca e sua equipe (SP), SESC Pinheiros e Pompéia (SP), Associação Cachuêra! (SP), André e D. Lúcia (Jongo de Guaratingutá), Rômulo e Ramóm (Mariocas/RJ), Recordatório e Brasil Mestiço (RJ), SESC Madureira (RJ), Janaína Reis e Estela (RJ), Marabá (Feira de S. Cristovão/RJ), Bessa e Adélia (Bessatur/PA).

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Curso de Patrimônio Imaterial

Estão abertas até 26 de setembro as inscrições para a segunda edição do curso “Patrimônio Imaterial: política e instrumentos de identificação, documentação e salvaguarda”, uma realização da UNESCO com coordenação geral da COMUNA S.A. Ele acontecerá no período de 29 de setembro a 02 de dezembro e as aulas serão ministradas à distância (pela internet), por meio da plataforma de educação à distância da empresa Duo Informação e Cultura.

O objetivo do curso é informar sobre a política e as ações desenvolvidas nesta área, incentivando o espírito crítico dos participantes e qualificando-os para desempenhar ações mais efetivas e conscientes, que tenham como foco o patrimônio cultural de natureza imaterial.

No conteúdo, “Ambientação em EAD” (Módulo 1), “O patrimônio Imaterial: bases conceituais” (Módulo 2) e “Instrumentos e práticas de salvaguarda” (Módulo 3). Haverá avaliação da participação do aluno no fórum de debates e, aos que atingirem a participação mínima exigida, será outorgado certificado de curso livre fornecido pela DUO Informação e Cultura e chancelado pela UNESCO.

PÚBLICO-ALVO:
- Pesquisadores;
- Gestores de órgãos ligados às Prefeituras Municipais, com foco nas cidades incluídas em programas especiais da área de patrimônio;
- Gestores públicos da área cultural;
- Professores e alunos de universidades Federais e Estaduais.

VAGAS:
Serão oferecidas 160 vagas por turma, e a DUO Informação e Cultura reserva-se no direito de cancelar o curso, caso não atinja o número mínimo de alunos, com a devida devolução de valores (inscrição) e documentos.

INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES: www.duo.inf.br

Muiraquitã realiza roda de carimbó


O grupo Muiraquitã, um dos apoiadores da “Campanha Carimbó Patrimônio Cultural”, fará uma roda de carimbó no próximo domingo, 21 de setembro, a partir das 14h. A roda, que faz parte da programação mensal do grupo, acontece sempre no 2º domingo de cada mês, no Memorial dos Povos.

SERVIÇO:
Data: 21 de setembro
Hora: A partir das 14h.
Local: Memorial dos Povos (Avenida Governador José Malcher, esquina com Dr. Moraes, Nazaré - Belém-PA).
Informações: 9985-8022 / 8817-4551

Carimbó e Jongo realizam encontro histórico em Guaratinguetá


Tradições de raízes comuns, o carimbó de São Benedito e o Jongo do Tamandaré tecem alianças e celebram a diversidade cultural do Brasil



A noite fria da última terça-feira na cidade de Guaratinguetá (SP) esquentou rapidamente para a comunidade do Tamandaré, tradicional reduto do Jongo paulista, ao receber a visita do grupo "Os Quentes da Madrugada", da Irmandade de Carimbó de São Benedito da cidade de Santarém Novo/Pará.

O encontro histórico e inédito entre essas duas comunidades tradicionais, que souberam preservar suas manifestações e identidades culturais ao longo de séculos, é uma das atividades realizadas através do projeto de circulação nacional do Carimbó da Irmandade de São Benedito, sob o patrocínio da Petrobrás e com o apoio do Governo do Pará, SECULT, Fundação Curro Velho e COIMP.

Como se fossem parentes que não se vêem há muito tempo, aquecidos por uma alegria de reencontro, o tambor do Carimbó e o tambu do Jongo tocaram juntos pela primeira vez na quadra da Escola de Samba Unidos do Tamandaré, onde funciona o Ponto de Cultura Bem-te-vi, que é gerido pela Associação Jongueira do Bairro do Tamandaré, em Guarátinguetá, cidade do interior paulista conhecida por ser a terra natal de Frei Galvão.

Os carimbozeiros de Santarém Novo foram recebidos por várias lideranças e jongueiros da comunidade, como Dona Lúcia, presidente da Associação, André, vice-presidente e tocador de tambu, além de outras pessoas que venceram o frio e foram conhecer o carimbó paraense, cheios de curiosidade e simpatia. A notícia da vinda dos "Quentes" mobilizou toda a cidade, tendo até chamadas em rádios locais.

Depois das apresentações, Dona Lúcia e André falaram um pouco sobre a história do Jongo do Tamandaré, sobre o Ponto de Cultura e os frutos do reconhecimento do Jongo como patrimônio imaterial do Brasil, uma conquista ocorrida em 2002 e que ajudou a fortalecer a manifestação na comunidade e em toda a região.

Em seguida, Isaac Loureiro, integrante da Irmandade, falou sobre a tradição do Carimbó de São Benedito e sobre a Campanha "Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro", que também está buscando esse reconhecimento oficial desta manifestação ancestral do povo paraense.

Para encerrar o encontro, formou-se então uma roda de Jongo e Carimbó, com os tambores ecoando na noite paulista reafirmando a memória de luta, resistência e manutenção das identidades de nosso povo, seja no norte ou no sudeste deste país.

A rede de aliança e amizade estava tecida, e a viagem do Carimbó pelo Brasil podia continuar, rumo ao Rio de Janeiro, nossa próxima parada...


SAIBA MAIS SOBRE O JONGO DO TAMANDARÉ

Nos tempos do cativeiro, o Jongo era dançado pelos negros que trabalhavam nas plantações de café do Vale do Paraíba, nas fazendas do sul de Minas Gerais e Espírito Santo. A dança acontece tradicionalmente à noite, celebrando o 13 de maio ou integrando algumas datas significativas do catolicismo popular: festas juninas, Divino Espírito Santo etc.

Através de imagens metafóricas referidas ao universo rural - animais, plantas, carro de boi - os jongueiros “conversam” entre si, seguindo em alguns casos regras bastante estritas de “alinhamento” e encadeamento dos pontos, como são chamados os versos cantados no jongo. O prestígio de um jongueiro se mede pela sua habilidade em amarrar os rivais com a força de seus pontos astuciosamente talhados, bem como pelo seu conhecimento da linguagem cifrada do jongo, que lhe permite “sair” dos pontos propostos pelos outros.

O tambu, tambor maior, e o candongueiro, menor, compõem o instrumental do Jongo, juntamente com o chocalho denominado guaiá, e, em alguns grupos cariocas, a puíta, uma cuíca ancestral de som grave. Quando deseja parar a dança e cantar novo ponto, o jongueiro coloca a mão sobre os couros e grita “Cachuera!”. Padrões rítmicos e coreografia adquirem diferentes características, segundo a comunidade, das evoluções de um solista ou par solista ao centro da roda a um simples giro anti-horário dos participantes em torno dos tambores.

Nesta apresentação, jongueiros do bairro do Tamandaré, periferia de Guaratinguetá, na Região do Vale do Paraíba, pedem licença aos tambus para mostrar parte dos fundamentos desta dança ancestral, recentemente registrada como Patrimônio Imaterial do Brasil. A dança é divertida e convidativa, abrindo espaço para a participação do público na roda e no acompanhamento dos pontos cantados.

O grupo do Jongo do Tamandaré, à moda dos grupos tradicionais da cultura negra, concentra-se em torno da estrutura familiar. Dançado, sobretudo, nas festas juninas, pais, irmãos, primos, tios e agregados podem se reunir para brincar o jongo em outras ocasiões festivas. O grupo do Tamandaré é um dos mais conhecidos do gênero e participa há alguns anos do Encontro de Jongueiros, tendo sediado uma das edições. Recentemente, através da associação criada para a defesa e fomento da tradição do Jongo, foi escolhido pelo MinC como Ponto de Cultura.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Inscrições abertas para o Projeto Pixinguinha 2008

Seleção irá premiar artistas da música popular
em todos os estados brasileiros


O PROJETO PIXINGUINHA 2008 - PRÊMIO PRODUÇÃO está com inscrições abertas para compositores, intérpretes, instrumentistas e grupos que atuem em todos os gêneros da música popular brasileira. O projeto da Fundação Nacional de Artes irá contemplar dois músicos ou grupos de cada estado brasileiro com um prêmio de R$ 90 mil, para produzir seus próprios espetáculos e gravar um CD.

Os interessados devem enviar à Funarte, por correio, o projeto acompanhado de currículo e ficha de inscrição até 3 de outubro de 2008. Na proposta deve constar um CD com no mínimo três gravações inéditas do artista ou grupo. As inscrições aptas a concorrer serão julgadas por cinco comissões - uma em cada região brasileira - formadas por três membros de notório saber em música popular. Os principais critérios de avaliação são a qualidade, a originalidade e a contribuição para o desenvolvimento artístico e estético da música popular no país.

Os selecionados terão seis meses para produzir um CD e apresentar espetáculos em pelo menos três municípios de seu estado. A Funarte vai promover oficinas de capacitação para os participantes, ministradas por especialistas nas diversas etapas de desenvolvimento dos projetos, de forma a contribuir para a profissionalização do setor.

O edital, a ficha de inscrição e o modelo de contrato estão disponíveis no site da Funarte, no endereço: http://www.funarte.gov.br/novafunarte/funarte/noticia.csp?NoticiaId=734

O PROJETO - Muitos artistas que hoje integram o primeiro time da música brasileira, como Djavan, Zé Ramalho e Adriana Calcanhoto, começaram a ganhar projeção nacional a partir de suas participações no Projeto Pixinguinha, desde que o programa foi criado, em 1977. Interrompido em 1998, o Pixinguinha foi retomado em 2004, com patrocínio da Petrobras, reunindo até o ano passado um público aproximado de 250 mil pessoas.

PIXINGUINHA - Para muitos críticos, Pixinguinha é um nome-chave da música brasileira. À frente do grupo Os Oito Batutas, foi o protagonista do cenário musical brasileiro no início do século 20, período em que o samba se tornou um dos símbolos da identidade nacional. Alfredo da Rocha Vianna Filho foi também um dos primeiros artistas a levar o samba e o choro às platéias européias.

Texto: Funarte (adaptado).

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Carimbó de São Benedito encanta paulistas e fortalece a campanha pelo registro


Energia e tradição do grupo "Os Quentes da Madrugada" abre espaços para o carimbó em SP

Com uma concorrida oficina realizada na Associação Cachuêra! ontem à noite, o grupo "Os Quentes da Madrugada", da Irmandade de Carimbó de S. Benedito (Santarém Novo/PA), encerrou o ciclo de apresentações e atividades na capital paulista dentro do seu projeto de circulação nacional.

O grupo de carimbozeiros tradicionais conquistou a simpatia do público paulistano com seu carimbó sincopado e energético, cuja sonoridade baseada exclusivamente em percussão e voz surpreendeu pela qualidade e maestria de seus músicos devotos, a maioria pescadores e agricultores da cidade de Santarém Novo, no interior do Pará.

Também chamou a atenção do público o estilo de dança peculiar dessa vertente de carimbó, com os pares dançando em forma de baile com os trajes tradicionais exigidos pela Irmandade nas festas de seu Barracão: paletó e gravata para os homens e saia rodada para as mulheres. O público gostou tanto que nas apresentações seguintes já se viam pessoas vestidas dessa forma, ávidas para também dançar ao som do carimbó.

No sábado, o grupo de apresentou no hall de entrada do SESC Pinheiros, local onde já havia tocado em novembro de 2004 quando participou do projeto Um Sopro de Brasil. Em seguida, cerca de 40 pessoas participaram de uma oficina-vivência realizada no próprio SESC, onde o público conversou com os músicos e dançarinos sobre vários aspectos da tradição do carimbó de São Benedito.

No domingo, o dia começou com uma oficina de confecção de instrumentos novamente no SESC Pinheiros, conduzida pelos mestres Sabá, Dico Boi e Ticó. Foi apresentado um pequeno vídeo sobre as oficinas realizadas em Santarém Novo pelo mestre Sabá, mostrado como está se dando o processo de transmissão desse saber para as novas gerações. Os participantes também aprenderam a fazer as tradicionais maracas ou maracás de cuia e sementes, além de presenciarem a colocação do coro de um dos tambores da Irmandade. Em seguida, o grupo fez nova apresentação no mesmo local com a participação de dezenas de pessoas.

À noite, um momento de grande emoção para o grupo foi a participação no show de encerramento das comemorações de 10 anos do grupo A Barca, antigos aliados da Irmandade desde 1999. A junção do batuque ligeiro e sincopado dos "Quentes" com a sonoridade suave do grupo paulistano fez o público presente no teatro do SESC Pompéia (completamente lotado) sentir arrepios profundos, terminando por levar todos à dança. A noite encerrou com o baile na Associação Cachuêra! onde o clima das festas do Barracão da Irmandade parecia ter se instalado no salão repleto de damas e cavalheiros, todos dançando e girando ao som do baque alucinado das mãos de mestre Dico Boi.

Na segunda, encerrando o ciclo paulistano, uma oficina também no Cachuêra! proporcionou um importante momento de diálogo e troca de informações entre os integrantes dos "Quentes" e várias pessoas, entre elas pesquisadores, artistas, educadores etc.

Em todas as atividades a Campanha "Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro" teve sempre um destaque importante, inclusive com a coleta de assinaturas de apoio ao processo de registro junto ao público presente. Um saldo importante foi a aliança estabelecida com o Cachuêra! para a divulgação da campanha em São Paulo.

Hoje o grupo parte em direção ao Rio de Janeiro, parando antes em Guaratinguetá (SP) para um encontro histórico entre o Carimbó e o Jongo de Tamandaré.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Conjunto Regional Os Curupiras promovem Roda de Carimbó

Com os objetivos de divulgar a música regional e folclórica paraense, apoiar a Campanha “Carimbó Patrimônio Cultural” e viabilizar a criação da sua Associação, o conjunto musical “Os Curupiras” convida grupos parafolclóricos, grupos de carimbó, conjuntos regionais, apoiadores da cultura paraense, amigos e comunidade em geral para participarem no próximo domingo da roda de carimbó do grupo, que também contará com o melhor da música regional paraense, como xote, retumbão, lundu, merengue, boi e guitarradas.

Durante a festa, pagando R$ 1,00 ou R$ 2,00 os participantes poderão concorrer a prêmios, como camisas e bolsas de estudo em curso de redação e informática. Os recursos serão revertidos para fundar a Associação “Os Curupiras”.

DATA: 21 / 09 / 08
INÍCIO: 15h
LOCAL: Bar Estrela D’alva (Rua dos Mundurucus, esquina com Três de Maio. Bairro da Cremação, Belém-PA).
INFORMAÇÕES: (91) 3249-9202 / 8202-1171 / 8851-2849 / 8148-5637.


Sobre o grupo:

O Conjunto Regional Os Curupiras nasceu da união de músicos que faziam parte de grupos folclóricos do município de Belém-Pa, após um deles ter sido convidado a apresentar música regional e folclórica paraense num projeto de uma escola da capital.

Com a boa aceitação por parte do público presente no evento, sugiram contatos para outras apresentações, como em congressos, aniversários, eventos, bares, restaurantes etc. Mesmo sem nome definido, os amigos aceitarem o desafio e organizaram os ensaios para os shows.

O nome ficou definido logo depois de uma apresentação do grupo. Uma amiga dos músicos sugeriu e por votação ficou definido que a partir daquele momento o grupo se chamaria Conjunto Regional Os Curupiras. “Assim como o curupira defende a fauna e a flora dos predadores, nós, músicos, amigos e “curupiras”, defendemos a música regional paraense divulgando-a para o público valorizar, apreciar, curtir e dançar à vontade”, afirma a coordenação do grupo.

QUENTES DA MADRUGADA apresentam o Carimbó de São Benedito em SP e RJ


Grupo da cidade de Santarém Novo (PA) realiza de 13 a 20 de setembro shows, bailes e oficinas sob o patrocínio do Programa Petrobras Cultural

O Carimbó da Irmandade de São Benedito apresenta características particulares que o destacam dos outros grupos paraenses. Fundada há quase duzentos anos no município de Santarém Novo, a Irmandade mantém uma tradição extremamente complexa que envolve onze dias ininterruptos de festa, incluindo novenas, ladainhas, alvoradas, levantamento, derrubada e varrição do mastro, queima de fogos, pilouro – o sorteio dos festeiros, trajes tradicionais e diversos cargos como juízes, festeiros, mordomos, padrinhos, fiscais e outros. Dança, música, culinária, artesanato e procedimentos rituais compõem um precioso patrimônio cultural preservado pela oralidade.

O público de São Paulo e Rio de Janeiro terá a oportunidade de vivenciar a beleza e a força dessa tradição no período de 13 a 20 de setembro de 2008, através do Projeto de Circulação Nacional do grupo “Os Quentes da Madrugada” – Carimbó da Irmandade de São Benedito de Santarém Novo¸ patrocinado pelo Programa Petrobrás Cultural e com o apoio do SESC/SP, SECULT/PA, Fundação Curro Velho (PA), COIMP (PA), Associação Cultural Cachuêra! (SP), Casa Brasil Mestiço (RJ), Centro Cultural Recordatório (RJ) e do grupo A Barca (SP).

O projeto é um desdobramento do registro em CD das tradicionais cantigas de carimbó da Irmandade, produzido no ano de 2005 em parceria com o Núcleo Maracá e A Barca (SP) e também patrocinado pela Petrobrás. A circulação nacional atende à necessidade de difusão do centenário Carimbó de São Benedito para um público mais amplo, levando uma das mais autênticas expressões da cultura popular da Amazônia para outras regiões do país.

Atravessando o país desde o Norte até o Sudeste, o grupo “Os Quentes da Madrugada” irá realizar shows, bailes e oficinas de vivência e confecção de instrumentos tradicionais em espaços do SESC e da Associação Cachuêra (em São Paulo) e na Casa Brasil Mestiço e Recordatório (no Rio de Janeiro). Além disso, haverá também encontros de vivência e integração com duas comunidades tradicionais do Jongo da região sudeste, a do Jongo do Tamandaré em Guaratinguetá (SP) e do Quilombo São José em Valência (RJ).

O encontro histórico entre Carimbó e o Jongo, que já foi reconhecido como patrimônio imaterial do Brasil, faz parte da estratégia de fortalecimento das tradições populares brasileiras e da luta pelo seu reconhecimento efetivo. A Irmandade também aproveitará a oportunidade para difundir e articular apoio para a Campanha Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro.

PROGRAMAÇÃO EM SP:

SESC Pinheiros
Endereço: Rua Paes Leme, 195 – Pinheiros.
Telefone:(11) 3095-9400.

DIA 13:
16h - Show “Carimbó de São Benedito” – Entrada Franca
17h às 18h - oficina de vivência de dança e música

Dia 14:
11h às 13h - Oficina de construção de instrumentos.
16h - Show “Carimbó de São Benedito” – Entrada Franca.


Associação Cachuêra!
Endereço: Rua Monte Alegre, 1094 - Perdizes
Telefone: (11) 3872 8113 / 3875 5563

Dia 14:
20h30 - Baile de Carimbó com “Os Quentes da Madrugada” (recomendamos o uso de paletó e gravata p/ os homens e saia rodada p/ as mulheres). Ingressos R$15,00 e R$7,50.

Dia 15:
20h às 22h - Oficina de Carimbó Os Quentes da Madrugada.
Valor: R$ 25,00


Guaratinguetá

Dia 16:
Encontro do Carimbó de São Benedito com o Jongo de Tamandaré no Ponto de Cultura Bem-te-vi.



PROGRAMAÇÃO NO RJ:

Casa Brasil Mestiço
Endereço: Av. Mém de Sá, 61.
Informações: (21) 2509-7418.

Dia 17:
18 às 20h - Vivência de dança e música.
21h - Baile de Carimbó com “Os Quentes da Madrugada” (recomendamos o uso de paletó e gravata p/ os homens e saia rodada p/ as mulheres).
Ingresso Baile: R$ 10,00
Investimento Oficina: R$25,00

Recordatório Cultura, Educação e Artes
Endereço: Rua Joaquim Silva, 17 – Lapa.
Informações: (21) 2508-9126

Dia 18:
14 às 17h - Oficina de construção de instrumentos.
21h - Baile de Carimbó com “Os Quentes da Madrugada” (recomendamos o uso de paletó e gravata p/ os homens e saia rodada p/ as mulheres).

Ingresso Baile: R$ 10,00
Investimento Oficina: R$25,00

Valência

Dia 20:
Encontro do Carimbó de São Benedito com o Jongo do Quilombo São José
Na Comunidade Quilombola São José


FICHA TÉCNICA - Quentes da Madrugada:

Tocadores
Adilson Carmo da Costa Santana – Manelão – curimbó grande.
Antônio Walberson de Freitas Corrêa – Moquinha – triângulo, maracas e côro.
Antônio Walter Freitas Corrêa – Preto – curimbó pequeno e côro.
Evandro Aleixo de Souza – Meu Avô – rufo.
João Carlos do Carmo Sota – Cabocão – curimbó médio.
José Carlos do Carmo Sota – Zé Pitanga – triângulo e côro.
Leonardo Costa da Silva – Léo – reco-reco e côro.
Raimundo Costa Corrêa – Dico Boi – carimbó grande.
Sebastião Almeida da Silva – Sabá – afoxé.

Cantadores: Cândido Corrêa da Costa Dias - Candinho e Raimundo Corrêa Costa - Ticó.

Dançarinos: Alderi dos Santos Dias; Dani Silva; Renan Teixeira; Iordana Loureiro Silva; Heber Luiz Costa; Solange Loureiro; Antônio Marcos Corrêa; Maisa Monteiro de Souza.

Equipe Técnica
Produção Artística – Renata Amaral (A Barca/SP)
Produção Executiva – Isaac Loureiro (Irmandade de São Benedito/PA)
Produção Local – Solange Loureiro (Irmandade de São Benedito/PA)

sábado, 13 de setembro de 2008

Saiba mais sobre o carimbó da Irmandade de São Benedito...

Em Santarém-Novo, o Carimbó integra a bi-centenária Festividade de São Benedito, que acontece anualmente no período de 22 a 31 de Dezembro – 11 noites de Bailes de Carimbó, no Barracão de São Benedito, animados pelo Grupo “Quentes da Madrugada”, sem interferência de “aparelhagem” (dança-se somente com música ao vivo).

Numa perfeita harmonia entre o sagrado e o lúdico, a ancestralidade e a contemporaneidade, a festividade integra bailes, novenas, ladainhas, levantamento, derrubada e varrição do mastro, queima de fogos, trajes rituais, cargos diversos, dentre outros... um espaço-tempo de formação e integração social, ética e lúdico-estética.

As letras do carimbó de Santarém-Novo, preservadas pela tradição oral, de geração em geração, através dos Mestres da Irmandade – em especial o saudoso “Tio Celé”, são também encontradas em ritmos tradicionais de origem afro-brasileira - “Samba-de-Cacete”, em comunidades quilombolas do baixo Tocantins/PA; “Marabaixo”, em comunidades quilombolas do Amapá; e no Ritual afro-religioso “Baião de Princesas” da Casa Fanti Ashanti, em São Luís/MA – evidenciando fortes conexões afro-amazônicas deste que é o ícone da Cultura Popular Tradicional paraense.

Para participar do Baile de Carimbó, no barracão da festa de São Benedito, em Santarém-Novo, cavalheiros e damas, sejam da comunidade, sejam visitantes, precisam de trajes especiais: paletó e gravata – cavalheiros; blusa de manga e saia longa para as mulheres. Também só é permitida a dança de pares, que são trocados a casa pausa entre um ciclo e outro de canções. O conjunto de pares se movimenta formando a Grande Roda da Dança, que gira no sentido anti-horário, sendo que em noites de casa cheia a roda transforma-se em uma grande espiral humana de alegria, trans-piração e prazer. Uma bela imagem-metáfora para a Dança da Vida. À meia-noite, o/as dançarino/as mais especializados e ousados dançam o “Peru” e o “Yá” – duas das diversas formas de se dançar o Carimbó, em Santarém-Novo.

Estes e outros elementos, constituem uma forma característica de expressão do carimbó, em Santarém-Novo. Outras expressões são encontradas em municípios do salgado e zona bragantina – nordeste paraense; Ilha do Marajó; e área metropolitana de Belém. A Campanha “Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro” – uma iniciativa que surge no contexto dos Festivais de Carimbó, promovido pela Irmandade de São Benedito de Santarém-Novo, a partir de 2005, e agrega várias organizações protagonistas e parceiras – vem promovendo a integração e visibilidade das diversas identidades do carimbó paraense.

Texto de Esperança Alves (arte-educadora, pesquisadora e co-criadora da ONG Mana-Maní).

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Festival de Carimbó em Algodoal celebra a tradição cultural da Ilha de Maiandeua


Nos próximos dias 05 e 06 de setembro de 2008 a Vila de Algodoal, na Ilha de Maiandeua, será o ponto de encontro dos carimbozeiros da região do salgado paraense. É lá que acontece o IV CARIMBÓ-FEST, evento que reúne grupos de carimbó locais e de municípios vizinhos como Marapanim, em uma grande festa de celebração e afirmação do ritmo tradicional cultivado pelos pesacadores da região há várias gerações.

O festival terá também como atrações o grupo Arraial do Pavulagem, Banda Warylou, além da representação teatral da Lenda da Princesa,tendo com Mestre de cerimônia a atriz Natal Silva.

Campanha do Carimbó na Ilha - Os carimbozeiros nativos também aproveitaram a ocasião e realizaram o 1º Encontro de articulação da Campanha "Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro" da Ilha de Maiandeua, reunindo mestres e grupos das comunidades de Algodoal e Fortalezinha nesta quinta-feira, 4 de setembro, na Sede dos Pescadores. Com a presença do coordenador da campanha Isaac Loureiro e do IPHAN, foram feitos os esclarecimentos à comunidade sobre o processo de registro do carimbó, mostrando a importância da participação da comunidade nesse processo. Como resultado dos debates, foi criada a Comissão Organizadora da Campanha na Ilha, com representantes de todos os grupos e entidades presentes: Espaço Cultural Tio Milico, Grupo Regional, Grupo Nativos do Canal, ACDESPIM e ACEPAVA.

O IV Carimbó Fest é uma realização da ACDESPIM - Associação Comunitária de Desenvolvimento e Preservação da Ilha de Maiandeua, com a parceria da Campanha de Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro e o apoio da Fundação Cultural Tancredo Neves, da Fundação Curro Velho, Funtelpa e outras instituições.

Icoaraci também é berço do carimbó

Distrito entra na campanha do ritmo como patrimônio imaterial da cultura

No último sábado, 30 de agosto, Icoaraci foi palco de mais um Encontro de Articulação da Campanha Carimbó Patrimônio Cultural, momento de esclarecimento sobre o processo de registro do ritmo e também de troca de experiências entre pessoas ligadas a movimentos culturais.

Saias coloridas e rodadas, flores no cabelo e o famoso “banho de cheiro”. Assim foram recepcionados os convidados que chegavam ao encontro realizado na sede da escola de samba 'Mocidade Olariense', em Icoaraci. Os grupos e mestres marcaram presença no encontro e deixaram o ambiente com o forte “batuque dos curimbós”. Dentre eles estavam o “Grupo de Carimbó Os Africanos”, “Unidos do Paraíso”, “Os Caçulas da Vila”, “Iaçá”, “Amigos do Carimbó”, “Unidos do Paraíso”, “Leão Dourado”, “Paraoara”, “Tupiriquim”, “Tucuxi”,os mestres Cazuza, Coutinho, Nazaré Rosa do Boi Resolvido e Nazaré do Ó.

Isaac Loureiro, da coordenação da campanha, iniciou o Encontro falando sobre o surgimento do processo de registro do carimbó como patrimônio cultural e sobre a Campanha. Em seguida, o representante do DEPAC (Departamento de Preservação e Reabilitação do Patrimônio Cultural) explicou aos presentes o que significa “patrimônio material e imaterial” e mostrou como será realizado o Inventário (pesquisa que registra todos os segmentos que envolvem, neste caso, o carimbó).

O produção do inventário de informações sobre o carimbó começará em outubro, e será feito em seis municípios do Estado, mobilizando técnicos do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e Secretaria de Estado de Cultura (Secult).

Mestre Coutinho - Mestre Verequete, grande nome do carimbó que completou 92 anos no dia 26 e foi homenageado com um cortejo cultural pelo bairro do Jurunas, teve em Icoaraci um parceiro de peso para consolidar sua carreira como artista-matriz desse gênero musical. Trata-se de Pedro Nunes Coutinho, mais conhecido como mestre Coutinho, prestes a completar 70 anos de idade em outubro. Esse filho de Barcarena mora em Icoaraci há 65 anos e nos anos 70 foi convidado por Verequete para formar um grupo, o “Uirapuru”, conjunto essencial para valorização e divulgação do carimbó como símbolo da identidade paraense.

Desde jovem, mestre Coutinho aprendeu a tocar viola, curimbó (tambor característico do carimbó) e a compor. “Em 8 de dezembro de 1951, nós fomos para uma ladainha na casa do Alexandre Maracanã, um comerciante de Algodoal, aqui em Icoaraci, e ele nos falou de uma brincadeira chamada zimba, que é o carimbó. E no ano seguinte, em 1952, ele trouxe os instrumentos da zimba para Icoaraci”.

Mestre Coutinho conta que era Antônio Maracanã, Agostinho e Afonso os quem mexiam com a zimba. “Então, eu e o meu tio Zito Nunes conhecemos a zimba, e ele formou o grupo ‘Os Africanos’, que toca carimbó desde 1952”. Dezenove anos depois, Coutinho foi convidado por Verequete, que tinha um comércio na Vila Sorriso, para formar o 'Uirapuru'.

“Em um mês e 18 dias, nós gravamos o primeiro disco, o elepê do ‘Uirapuru’, na rádio Marajoara, com apoio dos radialistas da emissora”. Das 12 faixas do disco, somente duas não eram de autoria de Mestre Coutinho. Ele respondeu, inclusive, pelo sucesso de “O pombo com o gavião”, aplaudida no então programa do apresentador Flávio Cavalcante. “Eu ensinei o Verequete a assinar o nome dele, por causa dos contratos de show do ‘Uirapuru’”. Mestre Coutinho atuou no grupo como ritmista, vocalista e compositor.

“Icoaraci é um polo cultural do Pará, porque aqui tem música, artesanato, tem boi (boi-bumbá), carimbó, cordão de pássaro, ladainha, mastro de santo”, afirmou Coutinho, um carpinteiro, eletricista e fotógrafo que nunca deu as costas para o carimbó.

Nazaré do Ó – Outro ícone da cultura em Icoaraci é Dona Maria de Nazaré do Ó Ribeiro, que desde 1984 comanda o grupo cultural “Águia Negra”, encantando as noites e os dias de Icoaraci. Nazaré do Ó teve a honra de conhecer pessoalmente mestre Lucindo, de Marapanim, o grande poeta desse gênero musical.

* Festival Se Rasgum 2008 - Durante os dias 19, 20 e 21 de setembro, acontecerá um dos maiores festivais de música independente do Norte, o Se Rasgum. Para sua terceira edição, o festival oferece ao público artistas e bandas do Brasil todo e dos mais variados estilos: rock, guitarrada, brega, eletrônico e também o carimbó. Este que será representado pelo grupo Os Caçulas da Vila, que participaram do último encontro em Icoaraci e se apresentam no sábado (20/09 - palco Laboratório). Parabéns ao grupo.

Texto: Publicação do Jornal O Liberal (02/09/2008), com colaboração de Joyce Soares (Comissão de Comunicação da Campanha).

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Revelando os Brasis mostra a tradição do carimbó de Santarém Novo



"O Grande Balé de Damiana" revela o universo da Iramandade de Carimbó de São Benedito

O Circuito de Exibição, mostra itinerante de vídeos do Revelando os Brasis, chega hoje à cidade de Santarém Novo, no Pará, promovendo sessão de cinema no Ginásio Municipal Rogeirão, a partir das 19h30. O destaque da noite é o vídeo 'O Grande Balé de Damiana', de João Loureiro Jr., realizado em Santarém Novo. No Pará, o Circuito também passará por São Sebastião da Boa Vista, no dia 05/9, e Belém, no dia 03/9. A entrada é franca.

A sessão contará com uma tela de cinema medindo cinco metros de altura por oito metros de largura. Duzentas cadeiras serão disponibilizadas para acomodar a platéia. A população poderá assistir a cinco vídeos da segunda edição do Revelando os Brasis, realizado pelo Instituto Marlin Azul e pela Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura, com patrocínio da Petrobrás e parceria do Canal Futura.

O projeto viabiliza a produção de vídeos a partir de histórias escritas por moradores de municípios com até 20 mil habitantes. Os vídeos são apresentados nas cidades e no Canal Futura, e, a partir de 2008, também serão lançados em DVD.

Para realizar 'O Grande Balé de Damiana', João Loureiro Jr. buscou nas tradições da Irmandade de São Benedito a inspiração para criar a história de uma moça que quebra uma tradição secular do carimbó. Encantada pela magia da dança, a personagem que dá título ao vídeo resolve participar da Festa de São Benedito, ignorando a antiga regra que proibia a presença de jovens na dança.

Além do vídeo de João Loureiro, serão apresentadas outras produções do Revelando os Brasis: 'Cajueiro Cor Marrom-Escura', de Meire Nascimento, de Cajueiro da Praia (PI); 'Remando Contra a Maré do Atraso', de Leonício Aires da Silva, de Passagem Franca (MA); 'Perseverança', de Mauro Bandeira, de São Sebastião da Boa Vista (PA); e 'O Arroto do Boitatá', de Sandra Rocha, de Ferreira Gomes (AP).

O Circuito em Belém – A Praça Dalcídio Jurandir, no Bairro da Cremação, foi o local escolhido para a exibição dos vídeos do Circuito do Revelando os Brasis em Belém. A programação terá início às 19:30 h e será totalmente gratuita. Até o dia 11 de setembro, o Circuito de Exibição passará também pela Paraíba, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Ceará, Santa Catarina, Maranhão, Piauí, Amapá, Acre, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Minas Gerais, Bahia, Sergipe e Alagoas. Três caminhões levarão telas, cadeiras e projetores para promover sessões em ruas e praças. Ao todo, o Circuito irá a 61 cidades.

Publicado no Jornal O Liberal do dia 02/09/2008