sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Blog ACESSO publica reportagem sobre a Campanha do Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro

O Blog Acesso, mantido pelo Instituto Votorantim, publicou recentemente uma reportagem inédita sobre o movimento da Campanha Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro, entrevistando lideranças e mestres do Carimbó paraense que luta para ser reconhecido como parte fundamental da nossa cultura.

A iniciativa do Blog Acesso reflete a crescente importância que a luta dos carimbozeiros paraenses vem conseguindo em âmbito nacional, sendo hoje considerado um dos principais movimentos culturais do país.

Leia abaixo a matéria na íntegra:

Reconhecimento e valorização do carimbó

Por Blog Acesso

Ao som das maracas, flautas artesanais e curimbós, grupos dançam em círculos no ritmo do carimbó. As moças giram as saias e o batuque do tambor marca os passos dos pares, que arrastam os pés de um lado para o outro. Comunidades do litoral e do interior do Pará buscam, com diversas iniciativas, manter viva a tradição do carimbó, que pode ter mais de 200 anos de história. No ano de 2005, em debates promovidos durante o Festival de Carimbó de Santarém Novo, grupos e entidades paraenses iniciaram a campanha Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro, com o objetivo de mobilizar a sociedade para a valorização e o reconhecimento da expressão como importante elemento de identidade da cultura nacional. Após oito anos de ações, pesquisas e estudos, o processo de registro do carimbó como patrimônio cultural, junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan, está na fase final e a expectativa é que seja concretizado em 2014.


Mais que um estilo de música, no Pará, o carimbó representa um modo de vida que é transmitido oralmente pelos mestres e membros dos grupos. Segundo Isaac Loureiro, coordenador da campanha Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro e membro da Irmandade de Carimbó de São Benedito, existem diversos debates sobre a origem do carimbó. Contudo, para os grupos, o importante é a síntese da expressão cultural, que eles acreditam ter sido formada por índios, negros e ibéricos. “O carimbó traduz a nossa memória e a tradição que mantemos vivas nas comunidades. São músicas dos séculos 18 e 19, que conseguem afirmar identidade e que ainda espantam as pessoas, porque muitas acham que não deveriam mais existir. Mas, continuamos celebrando o trabalho e a vida com festa, cantando a natureza, o mundo em que vivemos, afirmando valores de solidariedade, de respeito mútuo e de cooperação”, conta.


O carimbó está vinculado aos moradores do interior do Pará, ao ofício dos pescadores, ribeirinhos e agricultores. De acordo com Loureiro, as comunidades se esforçam para preservar a tradição e passar os conhecimentos para as novas gerações. O coordenador da campanha ainda relata que na cidade de Santarém Novo, por exemplo, o carimbó é exaltado com 11 dias de festa comunitária. “O festeiro oferece comida e bebida de graça e, para ele, essa é a maior alegria do mundo. A família se prepara durante o ano todo para, no final, gastar tudo em uma festa e ele fica muito feliz de ter feito isso. São valores fundamentais para nós, um modo de vida que está se perdendo cada vez mais, que vem das comunidades e tem contato direito com a natureza, com a terra e com as pessoas que valorizam aquilo que é mais essencial, o ser e não o ter”, disse.


A campanha Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro foi criada pelo anseio do reconhecimento e utilizou a afirmação como estratégia para disseminar informações sobre o carimbó e reduzir preconceitos. “Elaboramos um movimento, organizado pelos grupos e mestres de carimbo, para buscar o registro oficial [do Iphan] e para mobilizar a sociedade em torno da importância do tema. Para nós, não adianta apenas ter o título e somente o governo reconhecer, é preciso que a sociedade também reconheça e compreenda o valor dessa manifestação e desse patrimônio. A campanha cumpria um papel duplo de apresentar essa demanda para o governo e, também, por meio de várias ações, levar para as comunidades a compreensão sobre o que significa o registro do carimbó como patrimônio”, afirma Loureiro.


De acordo com a técnica em Antropologia, do setor de Patrimônio Imaterial da superintendência do Iphan do Pará, Larissa Guimarães, o processo para o registro do carimbó como Patrimônio Cultural Brasileiro foi iniciado em 2006, com a formalização do pedido junto à presidência do Iphan. “No caso do carimbó, o pedido foi oficializado por meio da Irmandade de Carimbó de São Benedito, junto com outros grupos. A partir disso, foi dado todo o trâmite e a abertura do processo, em dezembro de 2008, e a pesquisa foi iniciada com a realização do Inventário Nacional de Referências Culturais – INRC. Esse inventário começou com um levantamento preliminar e as etapas subsequentes de identificação e documentação seguiram, desde então, até 2013. O registro ainda não saiu, está na fase final, que é a elaboração do dossiê. Há uma previsão de registro no ano de 2014, mas o prazo está aberto”, explica.


O carimbó já é registrado pelo estado do Pará como Patrimônio Imaterial, e, segundo Guimarães, com o reconhecimento nacional, o Ministério da Cultura, por meio do Iphan, deve desenvolver uma série de políticas para salvaguardar o bem. “Um dos pontos principais desse reconhecimento do Iphan é proporcionar políticas de salvaguarda. As iniciativas que serão trabalhadas, a partir do registro, têm como foco principal a valorização dos grupos e dos mestres de carimbó. O trabalho que fazemos não é o de delimitar o que é o carimbó e nem de definir o que seria, mas registramos como ele é referenciado pelos seus detentores, as pessoas que vivenciam de fato o carimbó e fazem os instrumentos, as carimbolas, maracas e flautas”, elucida.


O mestre do Grupo Uirapuru, Manuel Farias Pinto, conta que há um compromisso para preservar a cultura do carimbó e passar todo o conhecimento. “Aprendemos a respeitar os mestres que já se foram e os que estão vivos até hoje, em idade avançada. Hoje, pra mim, é uma grande honra ser mestre, temos mais de 45 grupos de carimbó na cidade [de Marapanim]. Buscamos trabalhar com esse pessoal para que nossa cultura possa viver durante muitos anos e queremos esse registro porque ele irá garantir que a nossa cultura tenha mais respeito, para que os mestres sejam valorizados nos seus tratados, para que eles possam ter a função e o conhecimento deles passados nas escolas, para os alunos”.


O mestre explica que o carimbó emite um som forte e envolvente, que mantém as suas origens na natureza e, por esse motivo, transmite uma cultura de raiz. “As músicas são feitas quando estamos pescando, trabalhando, pela cantiga de um pássaro voando, pelo jogar da maresia, do barco, da linha. Essa criação nasce da labuta, quando surge a inspiração do dia. A universidade ajuda no conhecimento, na sabedoria, mas o mestre não precisa passar pela universidade para fazer uma música, ele já traz isso dentro dele. Para uma criança de dois ou três anos bater o carimbó no ritmo, pegar a maracá e tocar, isso já vem no sangue, foi dado pela natureza. O carimbó é uma expressão forte que contagia e mexe com as pessoas, porque vem do tronco da árvore, do índio e do caboclo”, diz o mestre Manuel Farias Pinto.


Pamella Indaiá/Blog Acesso

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Marapanim em festa celebra o Carimbó, patrimônio cultural de nosso povo!

Crianças de Marapanim abrindo caminho para o Mastro na abertura do Zimbarimbó 2012
Marapanim está em festa! A antiga “borboletinha do mar” na língua dos primeiros moradores Tupis, celebra o ritmo tradicional do Carimbó, esse ritmo nascido da fusão das culturas ancestrais indígenas, africanas e lusitanas, aqui preservado em sua essência há mais de dois séculos. 

A festa começa neste dia 5 de dezembro, quando é comemorado do Dia Municipal do Carimbó, data escolhida pelos carimbozeiros de Marapanim para marcar no calendário oficial a devida valorização à manifestação cultural mais famosa da cidade. E continua nos dias 6 e 7 com a realização da edição 2013 do ZIMBARIMBÓ, o belo festival promovido pelos grupos e associações de carimbó do município.

Dia Municipal do Carimbó: Marapanim reverenciando sua cultura

O Dia Municipal do Carimbó - dia 5 de dezembro - faz parte do calendário de feriados municipais de Marapanim desde 2009, quando a Câmara Municipal aprovou a proposta apresentada por vários grupos de Carimbó de instituir essa data para celebrar a maior expressão cultural do município. Desde então, todos os anos Marapanim e seus mestres saem às ruas nesse dia para comemorar essa manifestação bicentenária.

Mestres e aprendizes nas ruas da cidade ao ritmo do Carimbó
Este ano a comemoração do Dia Municipal do Carimbó antecede o festival Zimbarimbó. A programação prevê alvorada, cortejo de rua e apresentações de dança e música com diversos grupos de carimbó do município, entre outras atividades. O espaço da mostra musical será na Praça das Vitórias, mesmo local do Zimbarimbó, a partir das 18h. A realização é da Secretaria Municipal de Turismo e Cultura em parceria com as associações e grupos de carimbó de Marapanim.

ZIMBARIMBÓ 2013: Marapanim celebrando nossa maior tradição

Mantendo firme a bandeira do reconhecimento do Carimbó como patrimônio cultural brasileiro, a edição 2013 do ZIMBARIMBÓ – A Grande Festa do Carimbó de Marapanim – acontece nos dias 6 e 7 de dezembro na cidade de Marapanim, reunindo grupos e mestres do Carimbó tradicional do município em um evento que pretende celebrar e proporcionar visibilidade a essa que é a grande expressão da cultura popular paraense e amazônica.

A iniciativa é dos Grupos e Associações Culturais Japiim, Raízes da Terra, Uirapuru, e Filhos de Marapanim, contando com o apoio da SECULT-PA, Prefeitura Municipal de Marapanim e da
Campanha Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro, dentre outros.

Mestre Manoel do grupo Uirapuru carregando o Mastro de S. Benedito
A abertura do ZIMBARIMBÓ 2013 acontece no dia 6 de dezembro, sexta-feira à tarde, com o tradicional Cortejo do Mastro de São Benedito, que sairá da residência de um dos mestres de Marapanim e percorrerá as ruas da cidade ao som do legítimo carimbó do Grupo Novos Canarinhos, até o local do evento, na Praça das Vitórias, na orla da cidade, onde será feita a cerimônia de levantação do mesmo.

Logo em seguida se inicia a grande Mostra dos Grupos de Carimbó no palco do festival, onde se apresentam músicos e dançarinos de vários grupos de Marapanim, tanto da cidade quanto da região rural (Água Doce) e praiana (Água Salgada) do município. A proposta é revelar ao público a diversidade do carimbó marapanienese, com seus timbres e ritmos variados. Nessa noite vão tocar 8 grupos tradicionais de Marapanim.

Grupos se apresentando no palco do Zimbarimbó 2012
A Mostra de Grupos de Carimbó continua na noite do dia 7 de dezembro, sábado, com apresentações de mais 7 grupos do legítimo carimbó pau & corda. A expectativa dos organizadores é chegar a 10 mil pessoas participando do evento este ano.

O evento oferece uma boa amostra da qualidade e beleza do carimbó marapaniense, com grupos da cidade e das regiões do interior do município mostrando sua arte e peculiaridades, um verdadeiro tesouro para quem gosta e reconhece a importância da cultura de nosso povo. Por lá passarão os Conjuntos Japiim, Borboleta do Mar, Os Filhos de Marapanim, Flor do Mangue, Uirapuru, Uirapuru Mirim, Novos Canarinhos, Os Originais e Raízes da Terra (da cidade), além dos grupos Pica-Pau da Vista Alegre e Beija-Flor de Marudá (da região da Água Salgada) e Sereias do Mar, Raízes do Paramaú e Faixa Branca (da região da Água Doce). Segundo a coordenação do evento, a intenção era envolver mais grupos nesta edição, mas em função de limitações financeiras não foi possível ampliar o número de participantes.

Oficina reunirá carimbozeiros em Ciclo de Formação de Agentes Culturais do Carimbó
Outra atividade do festival será a Oficina de Elaboração de Projetos Culturais, uma ação da Campanha do Carimbó em parceria com o Programa Coroatá de Formação de Empreendedores Culturais, vinculado à Proex/UFPa, que vem realizando nas comunidades carimbozeiras do interior do Estado um Ciclo de Formação de Agentes Culturais do Carimbó, com oficinas e seminários voltados para as lideranças e produtores culturais dos grupos locais.

As oficinas são realizadas em módulos, tendo acontecido o 1º módulo na Vila de Fortalezinha, Ilha de Maiandeua, município de Maracanã, no mês de novembro passado. Agora os participantes se reencontram em Marapanim para o 2º módulo. O último módulo de 2013 será em Santarém Novo, nos dias 13 e 14 de dezembro, durante o Festival de Carimbó de Santarém Novo - Fest Rimbó.

 A oficina em Marapanim acontece nos dias 6 e 7 de dezembro pela manhã e tarde, na Escola Padre Alves, com inscrições gratuitas.

O ZIMBARIMBÓ 2013 faz parte do CIRCUITO ZIMBA PARÁ, projeto que integra diversos festivais e eventos promovidos por grupos e comunidades vinculados à Campanha Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro. Todas as atividades do evento serão gratuitas e abertas ao público.

SERVIÇO:
O que: Dia Municipal do Carimbó 2013
Quando: 05 de dezembro de 2013
Onde: Praça das Vitórias, Marapanim, Pará

O que: ZIMBARIMBÓ 2013 – A Grande Festa do Carimbó de Marapanim
Quando: 06 e 07 de dezembro de 2013
Onde: Praça das Vitórias, Marapanim, Pará

Contatos e Informações:

Marapanim: (91) 9820-8454 (Zuleide Alves) e (91) 8199-7671 (Mestre Manoel)
Belém: (91) 8814-4047 (Prof. Favacho)

www.facebook.com/zimbarimbo.marapanim

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

#ESQUENTANDO OS TAMBORES EM SANTARÉM NOVO#



Evento de Carimbó em Santarém Novo prepara o clima para festas de dezembro 

A Irmandade de Carimbó de São Benedito de Santarém Novo convida para #ESQUENTAR OS TAMBORES# em nosso Barracão, neste final de semana, dias 23 e 24 de novembro, com os Grupos O Popular de Salinas e Os Quentes da Madrugada de Santarém Novo, em uma grande festa de Carimbó Pau & Corda que promete levantar a poeira do salão.

O evento será uma prévia do 11º Festival de Carimbó de Santarém Novo, que acontecerá entre 13 e 15 de dezembro, e também da centenária Festividade de Carimbó de São Benedito, que se realiza de 21 a 31 de dezembro, uma das mais importantes manifestações da cultura popular tradicional do Pará.

O Grupo O Popular de Salinas é o mais antigo em atividade nessa cidade, tendo sido fundado pelo lendário Mestre Palha Velha na década de 60, mantendo a tradição do legítimo carimbó praiano. Hoje o grupo é liderado por D. Edna Dias, filha do Mestre Palhinha, e por seu companheiro Mestre Nelson, contando com a participação dos  Mestres Calixto (do antigo Originais do Sal) e Lourival, exímio flautista a clarinetista de carimbó.

Grupo O Popular de Salinas (foto Isaac Loureiro)

Os Quentes da Madrugada é o conjunto tradicional que anima as 11 noites da Festividade de Carimbó que é a maior tradição da Irmandade de São Benedito de Santarém Novo. Seu ritmo diferenciado é garantido pelo baque forte de Mestre Dico Boi e pela cantoria firme de Candinho e Mestre Ticó, que mantém viva essa tradição de mais de cem anos.

A festa do sábado terá ainda um animando Baile da Saudade com Som JC - O Ferá, embalando a noite dançante e popular.

E no domingo pela manhã a Irmandade promove o Bingo do Carimbó e o Torneio de Duplas de Dominó. Será um dia de diversão e muito carimbó com toda a comunidade de Santarém Novo.

Toda a renda do evento será utilizada pela Irmandade nos preparativos de sua centenária Festividade de Carimbó, em especial para os reparos do Barracão onde acontece a festa tradicional . Divulgue e Participe.

Contatos: (91) 8722-9502 (Isaac Loureiro)
https://www.facebook.com/carimbo.saobenedito
carimbopatrimonioculturalbr@gmail.com

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

COROATÁ-CARIMBÓ: Roda de Carimbó celebra parceria inédita entre Universidade e Campanha do Carimbó


Programa COROATÁ será aliado da Campanha na formação de agentes culturais dos grupos e comunidades carimbozeiras

A Campanha Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro e o Programa de Extensão Coroatá Ufpa convidam para uma RODA DE CARIMBÓ na beira do Rio Guamá, na Capela Universitária da UFPA, nesta sexta-feira (18/out), 18 h, para celebrar a parceria entre o Movimento Carimbozeiro e a Universidade na realização do CICLO DE FORMAÇÃO DE AGENTES CULTURAIS DO CARIMBÓ, uma iniciativa que visa promover oficinas para lideranças e protagonistas dos grupos e comunidades de Carimbó da região do Nordeste Paraense. 

A ação Coroatá-Carimbó é resultado da aliança firmada entre o Programa Coroatá, realizado pela UFPA através da Pró-Reitoria de Extensão e o Instituto de Ciências da Arte, e os mestres e ativistas da Campanha do Carimbó, com o objetivo de fomentar o fortalecimento da autonomia e protagonismo das comunidades e grupos carimbozeiras envolvidas em relação à gestão e planejamento de seus projetos e ações.

As oficinas acontecerão em comunidades do interior, como Santarém Novo, Marapanim e Vila de Fortalezinha/Maracanã no período de outubro a dezembro de 2013. Entre os temas a serem trabalhados nas oficinas estão: Planejamento Comunitário, Elaboração de Projetos Culturais, Turismo Cultural de Base Comunitária e Conhecimentos Tradicionais e Direito Autoral.

Dentro do calendário de realização algumas oficinas ocorrerão dentro da programação de eventos das comunidades, como os festivais Zimbarimbó em Marapanim (5, 6 e 7/dezembro) e o Fest Rimbó em Santarém Novo (13, 14, 15/dezembro).

A Roda de Carimbó do Coroatá-Carimbó de lançamento da iniciativa terá a participação de mestres carimbozeiros de várias localidades, como Belém (Icoaraci, Ananindeua, Marapanim, Santarém Novo, entre outras. A PALHA VAI VOAR!..

Serviço:
Roda de Carimbó COROATÁ-CARIMBÓ
Sexta (18/10/2013) - 18h
Capela Universitária da UFPA - Campus Universitário do Guamá/Belém
Contatos:
(91) 9982-8765 - Luciane Bessa (Coroatá/UFPA)
(91) 8722-9502 - Isaac Loureiro (Campanha do Carimbó)

Mais informações sobre o Programa Coroatá: http://inculturapa.wix.com/coroata#!apresentacao/c9qb

 

sexta-feira, 4 de outubro de 2013

O Carimbó e seus Mestres chegam a São Paulo

(Foto por Isaac Loureiro)
Da esquerda para direita, em pé:
D. Edna (O Popular/Salinas), Zuleide (Raízes da Terra/Marapanim), D. Amélia (Cruzeirinho/Soure), Bruna (Sancari), Mestre Mário (Japiim/Marapanim), Mestre Ticó (Os Os Quentes da Madrugada/Santarém Novo), Marcelo do Sax (Unidos de Maracanã/Maracanã), Mestre Cazuza (Unidos do Paraíso/Sta. Bárbara), Mestre Branco (Flor do Mangue/Marapanim), Mestre Rildo (Sabiá/Curuçá), Mestre Manel (Uirapurú/Marapanim), Manoel Preto (Tio Milico/Fortalezinha).
Da direita para a esquerda, agachados:
Mestre Lucas Bragança ( Sancari/Belém), Mestre Lico (Beija-Flor/Vigia), Nivaldo Coelho (Pindorama/Ananindeua), Mestre Dico Boi (Os Quentes da Madrugada/Santarém Novo), Mestre Diquinho (Raízes do Cacau/Colares), Mestre Nelson (O Popular/Salinas), Mestre Diquinho Miranda (Cruzeirinho/Soure).
 
Os Mestres do Carimbó do Pará chegaram nesta quinta-feira em São Paulo para o Encontro de Culturas Populares e Tradicionais 2013, onde participam de diversas atividades e se apresentam nos dias 4 e 5 de outubro dentro da programação do evento.
 
Vindos de 11 diferentes municípios paraenses, das regiões do Salgado, Metropolitana e Marajó, os mestres fazem parte da delegação da Campanha Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro, convidada para participar do Encontro. Cada mestre representa a tradição de carimbó de sua comunidade, com sua identidade e características próprias, revelando a beleza e a diversidade desse ritmo tradicional que vive a expectativa de ser reconhecido oficialmente como patrimônio imaterial da cultura brasileira. 
 
Juntos pela primeira vez em um palco, os Mestres do Carimbó do Pará prometem colocar todo mundo pra dançar ao som do verdadeiro carimbó pau & corda. Nesta sexta-feira o grupo faz sua primeira apresentação no Encontro, a partir das 18h, encerrando as atividades do dia.
 
Compartilhamos acima a primeira foto do grupo no Sesc Itaquera, local do evento, onde desembarcaram nesta quinta-feira pela manhã.
 

 

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Mestres de Carimbó do Pará participam de Encontro das Culturas Populares em São Paulo


 

“O Carimbó não morreu, está de volta outra vez,
O Carimbó nunca morre, quem canta o Carimbó sou eu...”
(trecho de música composta por Mestre Verequete, em Belém)
 
Por Isaac Loureiro*

            Pesca, agricultura, carpintaria, artesanato, cantorias-batuques-composições de carimbó, liderança comunitária, memória viva da cultura de sua terra e de seu povo...Foi na prática de um ou vários desses ofícios e funções que cada Mestre e Mestra conquistou a admiração e o respeito de sua comunidade, tornando-se uma referência para a cultura e a vida da sua vila, aldeia, cidade ou beirada.
São conhecimentos e práticas aprendidas e ensinadas ao longo da vida, pela força da transmissão oral que acontece do mais velho para o mais novo, dos pais para os filhos, da memória para a vivência. Éassim que cada mestre ensina o que aprendeu sobre o Carimbó e suas tradições, tornando-se responsável pela preservação e pela continuidade desse precioso patrimônio junto à sua comunidade, transformando-se ele próprio em patrimônio vivo e ativo da sua cultura.
O Carimbó do Pará tem muitos mestres e mestras, plenos de conhecimento e sabedoria, imensamente generosos no esforço de colocar em prática e compartilhar o que sabem. Alguns poucos tem seus nomes (re)conhecidos fora de suas localidades, como Lucindo e Verequete, mas a grande maioria é invisível para a sociedade e para o poder público. E todos são absolutamente fundamentais para a cultura brasileira e para todos nós.
O projeto “MESTRES DO CARIMBÓ DO PARÁ” é uma iniciativa que busca valorizar e oportunizar alguns desses mestres e mestras anônimos do carimbó, desconhecidos do grande público, mas amados e respeitados por suas comunidades.


 
Atendendo ao convite para o ENCONTRO DE CULTURAS POPULARES E TRADICIONAIS, a ocorrer em São Paulo de 1 a 6 de outubro de 2013, no SESC Itaquera, a Campanha “Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro” reuniu mestres e mestras do Carimbó de 11 municípios paraenses, do Marajó à Região do Salgado, para um grande encontro de festa e trabalho em terras paulistas, uma bela confraternização com a diversidade das culturas populares tradicionais brasileiras e suas expressões, um importante ato de afirmação artística e política dos seus grupos, mestres, brincantes, lideranças e organizações.  
O grupo formado por todos esses mestres expressa a beleza e a diversidade do Carimbó paraense, incluindo os sotaques peculiares de diferentes regiões, como o praiano, o rural, o urbano, o de santo...São músicos, compositores, cantadores, poetas, dançarinos e construtores de instrumentos, vindos de todas essas localidades, revelando um pouco da riqueza e importância dessa manifestação
O ENCONTRO DAS CULTURAS POPULARES E TRADICIONAIS foi idealizado pela Rede deCulturas Populares e Tradicionais e reunirá detentores dos conhecimentos tradicionais e das expressões culturais populares de todo o país, além de artistas, lideranças comunitárias e representantes desse segmento no Conselho Nacional de Política Cultural e em outras instâncias de pactuação da sociedade civil com o Estado.
O objetivo principal é o de vivenciar profundamente a diversidade cultural brasileira, abrangendo as Culturas Populares, o Artesanato, o Hip Hop, as Culturas Indígenas, o Circo, o Teatro de Rua, o Patrimônio Imaterial, as Culturas Afrobrasileiras, Povos de Matriz Africana e outros Povos e Comunidades Tradicionais.
O Encontro também avaliará as políticas públicas implantadas nos últimos 10 anos nesse setor e pretende propor diretrizes para o fortalecimento dessas ações, integrando-se ao processo da III Conferência Nacional de Cultura como conferência livre.  
Na programação do Encontro, o projeto “MESTRES DO CARIMBÓ DO PARÁ” realizará apresentações de música e dança de Carimbó durante dois dias no evento, além da participação dos mestres e mestras nos diversos debates, palestras e reuniões que acontecerão ao longo das atividades. Veja a programação completa AQUI. 
A presença dos “MESTRES DO CARIMBÓ DO PARÁ” no Encontro em São Paulo terá uma importância fundamental para o fortalecimento do movimento do Carimbó, num momento em que se espera a finalização pelo IPHAN do processo de registro da manifestação como patrimônio imaterial da cultura brasileira, em andamento desde 2008. Será uma oportunidade para dar maior visibilidade ao trabalho que vem sendo desenvolvido pela Campanha junto aos grupos e mestres nas comunidades, além de promover o intercâmbio e articulação de parcerias com outras manifestações culturais do Brasil e suas organizações.
A comitiva de mestres e mestras do Carimbó do Pará no Encontro será composta pelos seguintes convidados e convidadas:
Da região do Salgado Paraense, banhada pelas águas do Atlântico e pelos rios temperados, virão os convidados:
·         Mestres Dico Boi e Ticó, da Irmandade de Carimbó de São Benedito – grupo “Os Quentes da Madrugada” (Santarém Novo);
·         Mestre Nelson e Dona Edna, do grupo “O Popular”e da Folia de São Benedito(Salinópolis);
·         Manoel Preto, do grupo“Tio Milico”(Vila de Fortalezinha, Ilha de Maiandeua), e Marcelo do Sax do grupo“Unidos de Maracanã”(Maracanã);
·         Mestre Manel do grupo“Uirapurú”,Mestre Mário Canuto do grupo“Japiim”, Mestre Branco do grupo“Flor do Mangue”,Zuleide Alves do grupo“Raízes da Terra”(Marapanim);
·         Mestre Rildo do grupo “Sabiá” (Curuçá);
·         Mestre Lico do grupo “Beija-Flor” (Vigia)
·         Mestre Diquinho do grupo “Raízes do Cacau” (Comunidade Quilombola do Cacau, Ilha Tauá-Pará, Colares).
Da região Metropolitana de Belém teremos os seguintes convidados:
·         Mestre Cazuza do grupo “Unidos do Paraíso” (Santa Bárbara do Pará);
·         Mestre Nivaldo Coelho do grupo “Pindorama” (Ananindeua)
·         Mestre Lucas Bragança e Bruna Cibely do grupo “Sancari” (Belém).
Da lendária Ilha do Marajó, a grande barreira do mar, teremos como convidados:
·         Mestre Diquinho e Dona Amélia do grupo “Cruzeirinho” (Soure).

SERVIÇO:
ENCONTRO DE CULTURAS POPULARES E TRADICIONAIS
De 01 a 6 de outubro/2013
SESC Itaquera - São Paulo/SP
Contatos:
(91) 8263-9738 - Isaac Loureiro (Coord. da Campanha do Carimbó)
(61) 9325-8037 - Marcelo Manzatti (Comitê gestor do Encontro)
Mais informações:
http://culturaspopulares.org.br/
https://www.facebook.com/pages/Encontro-de-Culturas-Populares-e-Tradicionais-2013/335254423286440?directed_target_id=0

sábado, 28 de setembro de 2013

Mais tempo para a Cultura Amazônica e seus protagonistas!...

Colegiado Setorial de Culturas Populares pede ao MinC a prorrogação do Edital Amazônia Cultural
 
 
 
Nesta sexta feira, 27 de setembro, o Colegiado Setorial de Culturas Populares encaminhou à Ministra da Cultura Marta Suplicy uma carta solicitando a PRORROGAÇÃO do prazo de inscrição de projetos no edital do Programa Amazônia Cultural, que havia aberto inscrições dia 15 de agosto, somente pela internet, e cujo prazo se encerra dia 30 de setembro.
 
O Programa Amazônia Cultural é uma iniciativa do Ministério da Cultura para fomentar os projetos culturais nos Estados da Região Norte, tendo sido lançado no início de agosto pela própria Ministra durante evento em Boa Vista, capital de Roraima. O edital tem vários aspectos que favorecem os fazedores de cultura informais e os grupos de cultura popular e tradicional, embora esses mesmos setores venham encontrando sérias dificuldades para se inscrever por conta de problemas de acesso a internet e também pelas diversas exigências formais, como a contrapartida obrigatória de 20% do valor de cada projeto.
 
O Colegiado Setorial de Culturas Populares é um organismo vinculado ao Conselho Nacional de Política Cultural, sendo uma instância de representação do segmento das culturas populares em âmbito nacional, com a participação de lideranças de todas as regiões do país.
 
A Campanha do Carimbó está presente nesse Colegiado através do companheiro Isaac Loureiro, da Irmandade de Carimbó de São Benedito da cidade de Santarém Novo. Por isso manifestamos nosso total apoio à essa demanda do Colegiado e nos somamos na mobilização para que esse edital seja prorrogado, favorecendo assim nossos grupos, mestres e comunidades.
 
Abaixo publicamos a carta na íntegra:
 
CARTA DO COLEGIADO SETORIAL DE CULTURAS POPULARES
 À SRA. MINISTRA DE ESTADO DA CULTURA
SOBRE O PROGRAMA AMAZÔNIA CULTURAL
 
 
Exma. Sra. Marta Suplicy
Ministra de Estado da Cultura
 
 
Cumprimentando-a cordialmente, nós abaixo assinados membros do Colegiado Setorial de Culturas Populares, instância do Conselho Nacional de Política Cultural – CNPC do Ministério da Cultura - MinC,  vimos através desta solicitar junto a V. Exa. a PRORROGAÇÃO do prazo de inscrição do edital do Programa Amazônia Cultural, lançado pelo Ministério da Cultura no dia 1º de agosto de 2013 em Boa Vista/RR, durante sua visita a esta cidade amazônica.
 
O edital para 2013 abriu inscrições dia 15 de agosto e tem encerramento previsto para o próximo dia 30 de setembro. No entanto, em função das distâncias enormes da Região Norte e das já conhecidas dificuldades de comunicação e acesso a internet na Amazônia, já comprovadas em outros processos promovidos pelo MinC, consideramos com preocupação que muitos fazedores de cultura e seus grupos/comunidades poderão ficar de fora desse edital, ou não consigam inscrever seus projetos no Sistema SalicWeb  a tempo, principalmente aqueles e aquelas que fazem parte do universo das culturas populares e tradicionais dessa região, segmentos culturais e sociais ainda maciçamente excluídos das ferramentas digitais necessárias para participarem desses processos.
 
Tomamos conhecimento de inúmeras situações vivenciadas pelos artistas, mestres e fazedores de cultura espalhados pelos municípios da Amazônia para tentar participar do edital e inscrever seus projetos, mesmo com todas as dificuldades enfrentadas. Foram realizadas dezenas de oficinas, reuniões e encontros para divulgar o Programa e estimular a participação das pessoas e seus grupos culturais no mesmo. Mas o curto tempo para se fazer toda essa mobilização e efetivar a participação desses atores é um fator que pode comprometer o êxito pleno dessa iniciativa tão importante.
 
Temos a compreensão que o Programa Amazônia Cultural é parte fundamental da estratégia do Ministério da Cultura para fomentar os projetos culturais da Região Norte, respondendo às demandas históricas desta região já expressas em diversos fóruns e mobilizações regionais e nacionais. O foco de buscar o atendimento dos segmentos mais excluídos do acesso aos recursos do MinC revela um avanço importante, embora com vários problemas nos mecanismos de repasse e de formalização das inscrições, que podem ser discutidos e aprimorados em um momento posterior.
 
Nesse sentido é que, a exemplo de diversos outros editais realizados pelo  MinC, solicitamos a PRORROGAÇÃO do prazo de inscrição do Amazônia Cultural para mais 30 dias, possibilitando assim uma nova chance para que nossos mestres, grupos e comunidades possam garantir o envio de seus projetos com qualidade e tranquilidade.
 
Esperando sensibilizar Vossa Excelência, agradecemos sua atenção e aguardamos o posicionamento do Ministério da Cultura.
 
Respeitosamente,
 
 
Brasil, 27 de setembro de 2013.
    
 
Isaac Wylliam Farias Loureiro (PA)
Titular Representante do Colegiado Setorial de Culturas Populares
Representante Titular no Plenário do CNPC/MinC

Mestre Gilberto Augusto da Silva (SP)
Titular Representante do Colegiado Setorial de Culturas Populares
Representante Suplente no Plenário do CNPC/MinC
 
Mestra Alzira Aviz do Rosário (PA)
Titular Representante do Colegiado Setorial de Culturas Populares
 
Mestre José R. de Menezes (SE)
Titular Representante do Colegiado Setorial de Culturas Populares
 
Mestre Aelson F. da Hora (PE)
Titular Representante do Colegiado Setorial de Culturas Populares

Mestre Waldo Mafra C. Monteiro (AM)
Titular Representante do Colegiado Setorial de Culturas Populares
 
Marcelo Simon Manzatti (DF) 
Titular Representante do Colegiado Setorial de Culturas Populares
 
Graziela de Castro Saraiva (RS)
Titular Representante do Colegiado Setorial de Culturas Populares
 
Guilherme R. Manhães (ES)
Titular Representante do Colegiado Setorial de Culturas Populares
 
Henrique Pereira Rocha (CE)
Titular Representante do Colegiado Setorial de Culturas Populares
 
Anderson Formiga B. Lira (DF)
Titular Representante do Colegiado Setorial de Culturas Populares
 
Eugênio S. Vilela (AL)
Titular Representante do Colegiado Setorial de Culturas Populares
 
Ruth Hatchwell Monteiro (AM)
Titular Representante do Colegiado Setorial de Culturas Populares

Heidi Bublitz Schubert (SC)
Titular Representante do Colegiado Setorial de Culturas Populares

Decleoma Lobato Pereira (AP)
Titular Representante do Colegiado Setorial de Culturas Populares
 
Mestre José Lima dos Santos (RR)
Suplente Representante do Colegiado Setorial de Culturas Populares
 
Sabrina Campos Costa (PA)
Suplente Representante do Colegiado Setorial de Culturas Populares
 
Keyler da Silva Simões (AL)
Suplente Representante do Colegiado Setorial de Culturas Populares
 
Edson Gellert Schubert (SC)
Suplente Representante do Colegiado Setorial de Culturas Populares
 
Vera Cristina S. e S. Athayde (SP)
Suplente Representante do Colegiado Setorial de Culturas Populares
 
Aparecida T. de F. Paraguassú (GO)
Suplente Representante do Colegiado Setorial de Culturas Populares
 
Jorge Henrique Macedo Azevedo (RS)
Suplente Representante do Colegiado Setorial de Culturas Populares
  
Alexsandra dos Santos (SC)
Suplente Representante do Colegiado Setorial de Culturas Populares
 
Leandro Alves de Oliveira (RJ)
Suplente Representante do Colegiado Setorial de Culturas Populares

Abia D. M. Pinheiro de Lima (AL)
Suplente Representante do Colegiado Setorial de Culturas Populares
 
Gilberto R.Carneiro (CE)
Suplente Representante do Colegiado Setorial de Culturas Populares
 
José de Arimatéia de V. Teixeira (AL)
Suplente Representante do Colegiado Setorial de Culturas Populares
 
Analia Aviz do Rosário (PA)
Suplente Representante do Colegiado Setorial de Culturas Populares
 
Lilian Maia Rabello (RJ)
Suplente Representante do Colegiado Setorial de Culturas Populares
 
Neide Rodrigues Gomes (SP)
Suplente Representante do Colegiado Setorial de Culturas Populares

sábado, 24 de agosto de 2013

Circuito Cine Carimbó leva filmes paraenses à comunidade da Pedreira



O projeto "Pau & Corda do Carimbó - Ano V" recebeu mais  uma vez o Circuito Cine Carimbó, projeto da Campanha do Carimbó que promove a exibição de filmes paraenses com a temática do carimbó e da cultura popular nas comunidades carimbozeiras do Pará.
 
A sessão de cinema comunitário aconteceu na Passagem Álvaro Adolfo, no dia 23 de agosto, às 18 horas, em frente à residência de Lucas e Neire Bragança, lideranças do grupo Sancari e organizadores do evento.
 
Foram exibidos filmes infantis, como a animação "Olha a Onda - Festa na Pororoca" e o documentário "Pau & Corda: histórias de carimbó", que tem como um dos protagonistas o grupo Sancari.
  
 
 
A calçada em frente à tela ficou lotada de moradores, principalmente crianças, as mais interessadas no que estava acontecendo ali. Foram distribuídos sucos e pipoca para a garotada, que não desgrudava os olhinhos dos filmes.
 
É o terceiro ano que o Circuito Cine Carimbó se realiza na Pedreira, sempre como parte da programação do Pau & Corda do Carimbó.
 

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Projeto 'Pau e Corda do Carimbó' celebra a cultura popular em Belém

O ''Pau & Corda do Carimbó - Ano V'' é realizado no bairro da Pedreira em Belém
 
O ''Pau & Corda do Carimbó'', em sua quarta edição, é realizado no bairro da Pedreira. (Foto: Divulgação/SANCARI)
 
(Foto: Divulgação/SANCARI)


O projeto “Pau & Corda do Carimbó”, que objetiva circular o bem cultural musical do norte do Brasil, além de ampliar as referências artísticas através das culturas tradicionais, dá início à sua programação de 2013, em Belém. As atividades têm início na próxima segunda-feira (19 de agosto) e são organizadas por iniciativa do grupo de carimbó Sancari, com o apoio de vários parceiros.
 
Entre as atividades está o tradicional enterro do Mastro Festivo, um tronco de árvore enfeitado, pintado e erguido pela população em celebração coletiva, além de ações de educação ambiental, mostra de vídeo sobre cultura popular - o Circuito Cine Carimbó - oficinas de danças regionais, flauta doce, audiovisual e reciclagem.
 
No encerramento da programação haverá apresentação dos grupos Som de Pau Oco, de Belém; Revelação do Zimba, de Salinópolis; Sabiá, de Curuçá; e Unidos do Paraíso, de Santa Bárbara do Pará. A proposta é promover o intercâmbio entre grupos da capital e do interior, fortalecendo o movimento carimbozeiro articulado pela Campanha do Carimbó.
 
O grupo Sancari surgiu em 1996, de um encontro informal de moradores da passagem Álvaro Adolfo, no bairro da Pedreira, na capital paraense. Alguns de seus integrantes, oriundos de municípios do interior do Pará, reuniam-se em rodas de música para tocar samba, carimbó, boi-bumbá e o carimbó de raiz. Com a frequência dos encontros, o grupo se formou e deu início a apresentações em Belém e diversos municípios do Pará.  Em 2001, o Sancari gravou o primeiro CD indepentente “Mulatinha do Sancari" e há cinco anos organiza o evento “Pau & Corda do Carimbó”, que busca valorizar o ritmo amazônico. O grupo é um dos mais ativos dentro do movimento da Campanha Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro.
 
Confira a programação:
 
Segunda-feira (19): Início das oficinas de dança, flauta doce, reciclagem com sacolas plásticas, produção audiovisual com mídias móveis, na sede do Grupo Sancari.
 
Sexta-feira (23): Circuito Cine Carimbó
17:00 - Exibição de curtas de animação paraenses para as crianças da comunidade
18:00 - Exibição de filmes com a temática do Carimbó
19:00 - Roda de conversa: Campanha Carimbó Patrimônio Cultural Brasileiro - com Isaac Loureiro
 
Sábado (24): Celebração do Dia Municipal do Carimbó
06:00 - Alvorada do Pau & Corda na Passagem Álvaro Adolfo
15:00 - Cortejo cultural pelo registro do Carimbó como patrimônio imaterial do Brasil pelas ruas da Pedreira
16:00 - Derrubação do mastro
17:00 às 21:00 - Mostra de carimbó e música paraense com os grupos Sancari (Belém), Som de Pau Oco (Belém), Revelação do Zimba (Salinas), Sabiá (Curuçá) e Unidos do Paraíso (
Santa Bárbara do Pará)
 
Serviço: Projeto "Pau & Corda do Carimbó 2013", com atividades a partir da próxima segunda-feira (19), em Belém. As inscrições podem ser feitas na Sede do Grupo Sancari, na passagem Álvaro Adolfo, 07, no bairro da Pedreira, em Belém.
 
Mais informações: (91) 8360-1695 / 9615-0223.